Sem estrutura de armazenamento e ainda dispersos em seus módulos produtivos, os piscicultores são os mais prejudicados com a ação dos atravessadores. Os intermediários pagam no máximo R$3,00 o quilo ao criador e revendem no mercado e feiras livres, no mínimo, a R$7,00. O terminal pesqueiro de Porto Velho foi reinaugurado com as câmaras frigoríficas sucateadas, depois de consumir cerca de R$1 milhão dos contribuintes, e a pressão dos intemediários conseguiu paralisar até mesmo a construção do terminal pesqueiro privado de Rolim de Moura, após os donos inverstirem também mais de R$1 milhão.
Rondônia é o maior produtor de pescado das Regiões Norte e Centro-Oeste, o quinto do ranking nacional, mas o consumidor paga o preço mais caro do país pelo quilo do chamado peixe de cativeiro. O Ministério Público e a Delegacia do Consumidor - já que domingo foi o dia dos pobres coitados - bem que poderiam investigar para descobrir quem são os tubarões que conseguem paralisar a construção de um terminal na Zona da Mata.
