Cenário disperso
O presidenciável Aécio Neves (PSDB) está certo ao priorizar
o cumprimento da primeira agenda de campanha na Amazônia, primeiro em Rio
Branco, capital do Acre, onde a acriana Marina Silva, vice na chapa de Eduardo
Campos (PSB) tem capilaridade eleitoral. Depois no Amazonas, onde será recebido
pelo ex-deputado federal e ex-senador Arthur Virgílio Neto, uma liderança incontestável na Região desde
que deixou a carreira de diplomata para ingressar na política. Absolutamente
correto ao descartar convite, ao menos, por enquanto, para fazer campanha em
Porto Velho, Rondônia, onde só há poucos dias o Tribunal Regional Eleitoral
aprovou recurso concedendo o registro à candidatura do tucano Expedito Júnior para disputar o governo do Estado. Some-se a tudo, o fato da "presidenta Dilma" ter realizado três visitas à Região entre 2013 e 2014, inclusive no período da cheia histórica do Rio Madeira, fator que contribuiu para reacender a discussão sobre sua releição no Norte. Assim é que, nesse clima de alternância de cenários, os tucanos
ainda tentam reconstruir o ninho para alçar voo maior no futuro, pois o colégio
eleitoral de Rondônia não terá a menor influência numa possível eleição de
Aécio Neves para o segundo turno da eleição para presidente em 2014. Eduardo
Campos então nem se fala. Sua embarcação encalhou mesmo nas águas rasas dos Rios Acre, Purus, Amazonas e Madeira. Embora divida o palanque com Dilma Rousseff em Rondônia,
pelo fato do PSB haver indicado candidato natural ao cargo de vice-governador, na
coligação que apoia a reeleição do atual governador Confúcio Moura (PMDB), há que se destacar o imbróglio em que se meteu
Eduardo Campos ao defender por onde tem passado, o fim do programa “Mais Médico”,
descartando assim qualquer possibilidade de redução da tendência de rejeição
eleitoral ao seu nome no Norte do país. Além da rejeição e de sua candidatura não
conseguir decolar, mesmo a reboque da densidade do nome de Marina Silva, ainda
comete o erro de defender a extinção de
um suporte que ajuda a atender a gente simples e humilde, os povos da floresta e “beradeiros” que
não conseguem pagar plano privado de saúde. Dá licença senhor Eduardo Campos,
assim nem o mais saudável dos nortistas aprovaria sua plataforma de governo e
vai mesmo é votar em Dilma, ou em Aécio!!!
Abdoral Cardoso