Ao afirmar que não importam as "estrelas" e sim que são as escolhas que guiarão os destinos do país, a propaganda do PMDB na televisão, segundo a Folha online soa como um alfinetada no PT, partido da presidente Dilma Rousseff. Acesse o vídeo no link http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/02/1594926-pmdb-ignora-dilma-em-nova-propaganda-na-tv.shtml
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
Rondônia e a alça do teletrabalho
Já passou da hora da gestão
pública melhorar o seu desempenho para que o Estado atinja melhores níveis de
eficiência e eficácia. Na campanha pela reeleição, o governador Confúcio Moura
mostrou preocupação por várias vezes com os indicadores da área de recursos humanos.
Deu clara demonstração de que suas
orientações, em especial as relativas à capacitação, valorização e bem estar dos servidores
públicos, não alcançavam os ideários da boa e moderna gestão de pessoas. Também
não é para menos, a engrenagem está enferrujada mesmo!
O cenário exige mudanças profundas
e fica mais evidente agora, quando falta espaço para recepcionar em ambiente
adequado para o labor os cerca de 60 mil servidores estaduais, a necessidade da
reengenharia do setor.
Há seis dias, incluindo algumas
horas no final de semana e de maneira instintiva, fiz questão de registrar em
um post no facebook, iniciei uma jornada de teletrabalho para atender à
solicitação da direção do Departamento de Comunicação (Decom), e os primeiros resultados
inerentes à produtividade foram surpreendentes. Talvez por isso tenha decidido
ampliar o grau de reflexão e de propositura para discussão do tema.
Nesse contexto, torna-se relevante
refletir quanto à experiência acumulada pelo setor privado, em que mais de 11
milhões de pessoas no país já trabalham a distância (teletrabalho, home office
ou anywhere office).
Os números falam por si e
endossam o modelo, notadamente pela sua flexibilidade de horários e aumento da
produtividade, entre outras vantagens que vão desde o bem estar do servidor à
redução do lançamento de poluentes no meio ambiente, com a diminuição da frota
de veículos em circulação, economia de energia, aluguel, água potável, açúcar,
café, papel higiênico, combustível, copos descartáveis e etc.
A adoção, de forma ampla, do
teletrabalho na administração pública não é tarefa fácil. É indispensável priorizar
as atividades, selecionar tarefas, distribuir e acompanhar os indicadores de
produtividade. Não há, todavia, outra opção ainda que a experiência exija
investimentos com softwares para administrar todo o processo, além de
treinamento para os gestores e redobrados esforços internos para se criar uma
nova cultura laboral entre pessoas que vão estar distantes da repartição
pública, mas no conforto e informalidade do lar.
O teletrabalho no setor público é
aquele em que o servidor público pode desenvolver parte ou todo o seu trabalho
em casa ou em qualquer outro local, apoiado na utilização das novas ferramentas
tecnológicas, em especial, o computador, acesso à Internet, hardwares e
softwares necessários para o desempenho de suas funções e ter como referência também
as possibilidades de aferição dos resultados e a qualidade dos serviços
realizados.
Em Rondônia, há evidências de que
nem a conclusão do Centro Político Administrativo, com seus retos e curvos
localizados na antiga “Esplanada das Secretarias”, construída em madeira para
funcionamento provisório das repartições públicas e permaneceu por mais de 20
anos, denominado mais tarde de Palácio Rio Madeira terá capacidade para atender
milhares de servidores que ainda trabalham mal acomodados em prédios alugados,
onerando ainda mais o tesouro estadual.
Segundo José Matias Pereira, professor
e pesquisador da Universidade de Brasília (UNB), deve-se reconhecer que as
legislações que normatizam as atividades do servidor público não foram
elaboradas nem evoluíram para se ajustarem a essa prática. Mas ressalta que, no
âmbito federal, algumas instituições já adotam projetos pilotos na modalidade
de teletrabalho, dentre elas a Secretaria de Receita Federal (auditores),
atividades agropecuárias (fiscais de vigilância sanitária), Tribunal Superior
do Trabalho, Tribunal de Contas da União, entre outras.
As experiências internacionais
mais próximas da realidade brasileira nessa área estão na Espanha e Portugal. A
Espanha, por meio do Ministério das Administrações Públicas, adotou esse modelo
no final de 2005 e início de 2006. Mais recentemente, o governo português
também aderiu ao modelo de teletrabalho no setor público. Como já vem ocorrendo
na Espanha, os funcionários públicos portugueses também poderão trabalhar para
o Estado em casa.
A hora não é de exercício futurista,
mas além de incentivar é bom o governo começar a pensar inclusive em recompensa
financeira a quem aderir ao trabalho à distância, passível de ser adotado
paralelamente ao projeto da Infovia, a partir do uso de tecnologia de ponta de cabos
de fibra ótica para interligar todas as regiões de Rondônia e maximizar a cobertura
de Internet banda larga. É preciso internalizar a ideia da alça do teletrabalho.
Por Abdoral Cardoso
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